Sunday, February 19, 2006

7 minutos (2)

Número 7.
Há varias histórias que circulam pelas nossas mentes acerca do número 7. Deus levou 6 dias a criar o mundo e ao 7º descansou. Alguns cristãos acreditam que 7 representa o número de níveis do inferno.7 é o número de anos de azar que se ganha ao partir um espelho. 7 é o número de alguns dos jogadores de futebol mais geniais de sempre. Para mim, o 7 é por coincidência, o número de minutos que duram (aproximadamente claro) algumas das minhas músicas favoritas.

Continuando a enumeração de boas músicas de 7 minutos, e as minhas favoritas, vou hoje falar de alguém que mudou alguma coisa, embora pouco, no universo musical: Prince.
Corriam os anos 80, já primódios da década de 90 quando cai nos escaparates esse monumento à musica que é Purple Rain. Um disco inovador, com a genialidade habitual de Prince, mas do qual sempre destaquei o single com o nome do cd.
Não gostei da música por ser O single emblemático, gosto dela pela entrada, sobretudo, por ser uma música absolutamente pop mas que transmite qualquer coisa, por ter aquelas aquelas paragens antes do refrão, pelo lado instrumental que considero original, pelos gritinhos típicos do rapaz...
Épa, eu gosto.

7 minutos

Sabe bem, a um domingo, ouvir na rádio uma música de 7 minutos. Não por ser uma música de 7 minutos, não é por ser um baluarte, não é por ser Jimmy Page, não é por ser Led Zeppelin, não é por ser a Starway to Heaven, apenas por ser raro.
Sabe bem saborear este momento num dia tempestuoso, enquanto a chuva bate forte no vidro do carro, escovas dançando ao ritmo que a chuva cai; miudinha, mais grossa, mais intensa à medida que Page e Bonham aceleram o ritmo. Alguém no carro sussurra: "Eles eram fantásticos".
Robert Plant acaba por se calar. Passaram 7 minutos. Há alguns quilómetros atrás era a surpresa, agora resta o contentamento, não porque é raro, é porque é especial.

Friday, February 17, 2006

Ok Computer


É uma obra prima. Considerado pela crítica especializada como o melhor album da década de 90. Melhor trabalho jamais feito pelos Radiohead. Também chamado de "Dark Side Of The Moon" dos anos 90 (cujo único ponto em comum é o grau de experimentalismo pois são trabalhos bem diferentes). Toda a obra transpira perfeiçao. Foi lançado em 1997 e deixou tudo e todos perplexos, pois este era apenas o terceiro album destes cinco rapazes.
Há muita coisa a dizer sobre ele. Além de ser fruto de multiplos rasgos de génio existe uma componente mística à volta de todo o CD. São expressas emoções genuinamente humanas com um comportamento algo "robótico" ou "alienado" de Yorke nas interpretações. Isto é um pouco confuso, pois associa-se às interpretações emocionais comportamentos declarados dos vocalistas que nos dão os sinais de maior ou menor componente emocional. Neste caso as interpretações de Yorke não nos dão o mínimo sinal do teor de emoção embora o ouvinte as sinta. Absolutamente todos os infindáveis "ruídos" presentes no álbum têm razão de ser. Tudo o que está ali é partícula indivisível de um organismo que compõe uma obra prima.
Na análise podemos começar com o tema de abertura "Airbag" (um dos meus preferidos). "Airbag" vive dum ritmo invulgar em background depois de uma entrada de guitarra não menos estranha mas muito característica, que no fim em conjunto com a voz cantante do vocalista dá todo o significado à música. Segue-se "Paranoid Android", um tema psicadélico mas calmo ao mesmo tempo. A razão para tal, é que o tema foi resultado da ligação de três músicas que a banda não conseguia desenvolver e portanto, colou. "Karma Police" dispensa apresentações, é o single do album com um videoclip não menos conhecido. "Let Down", o meu tema preferido mostra-nos bem a capacidade para compor dos Radiohead, som agradável, a interpretação a puxar para o sentimental e um final em crescendo que me arrepia. Como último destaque escolho "Electioneering" que é a música mais mexida de todo o cd com uma entrada que nos põe a bater o pé facilmente. É um album obrigatório de comprar. Há alguns muito bons e com peso histórico que nunca serão esquecidos, mas verdadeiras obras primas são muito poucas, e esta é uma delas.
Para terminar posso dizer que senti uma extrema dificuldade em escrever esta review, pois "Ok Computer" está incluído na minha coletânea dos "albuns da nossa vida" que todos tentamos ir fazendo. Se calhar por isso fiz uma analise tão simples de uma coisa tão complexa.

Creative Freak

Beck. Quem já não esteve embeveido numa das músicas do californiano loiro? Impossível nunca se ter apaixonado por uma das músicas de Beck. É impressionante a quantidade e variedade de estilos que povoam os discos dele, com enorme criatividade e qualidade. Não me chamem bajulador, mas é a verdade. Quem ouve Midnight Vultures fica completamente siderado com um estilo a roçar o hip-hop que mistura influências sintetizadoras dos anos 80. Oiçam Hollywood Freaks, uma música com uma letra hilariante, com rimas imaginativas e com um som completamente inovador; oiçam Milk and Honey e reparem no trabalhar da melodia que práticamente faz a música com detalhes tão simples que quase fazem lembrar genéricos de desenhos animados; oiçam Debra que parece entrar em contraciclo com o restante disco, isto, já para não falar no hit single Sexx Laws que tanto e tanto martelou as rádios pelas rádios mundiais.
Oiçam


Midnight Vultures - Beck

Wednesday, February 08, 2006

Off The Wall

Não são poucos aqueles que gostariam de (ou até mesmo dariam tudo para) ver ou rever os Pink Floyd ao vivo. Bem, infelizmente isso é pouco provável de (voltar a) acontecer e por isso um grupo de jovens músicos, elogiados pelos próprios Pink Floyd andam na estrada a tocar as músicas de Roger Waters e companhia. Eles vêm cá em Março e para os interessados basta clicar aqui para saber o resto.

Tuesday, February 07, 2006

Stereophonics em Abril

Um post rápido só para avisar que está previsto para 3 de Abril a edição de um álbum ao vivo dos Stereophonics que segunda consta por essa internet fora, vai conter um inédito.
Mais uma vez, esperamos para ver.