Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare
Depois do sucesso alcançado com o seu primeiro trabalho, chegou a hora dos Arctic Monkeys lançarem o seu segundo registo de originais. E não se sairam nada mal.
À primeira audição,
Favourite Worst Nightmare é puro Arctic Monkeys. As guitarras estão lá, o baixo marcante diz presente e a grandiosa bateria afirma-se cada vez mais. Tudo o que se tinha destacado em
Whatever you say I am that's what I'm not faz linhagem e dá já um som característico à banda. Este é talvez o problema de muitos dos segundos filhos de muitas bandas, que na procura de novas sonoridades perdem identidade durante o processo criativo. Mas isto não acontece com a banda de Sheffield.
A simplicidade de acordes, a brutalidade com que uma composição tão simples atinge quem ouve, que apaixona e obriga a dar ao pézinho, faz com que a bada já tenha aquilo a que se pode chamar o seu som.
Claro que este além de ser uma continuidade no trabalho dos Arctic Monkeys trás também inovações. Nota-se um som mais denso e mais variado em grande parte do disco, procura de novas soluções que não deixam haver alguma homogenia que se notava pelo meio do primeiro cd da banda, notando-se portanto alguma evolução do processo sem prejudicar a qualidade.
É uma compra que aconselho, embora não seja um cd brilhante, mas antes muito competente. É uma questão de esperar por um terceiro cd, lá para 2009 para ver se se confirmam os Arctic Monkeys como uma das confirmações da primeira década do século XXI.
Destaques: Teddy Picker, Fluorescent Adolescent, Old Yellow Bricks, The Bad Thing
Labels: Arctic Monkeys
The Good, The Bad And The Queen
Bom, depois de tudo o que é exames e mais o que queiram imaginar cá está o primeiro post em algumas dezenas de séculos..
The Good, The Bad And The Queen é, ou começou por ser, o nome de um album de uma banda sem nome. Usando o termo que ouvi "uma superbanda" sem nome. É uma designação estúpida mas pelos visto é o que se usa quando se forma uma banda cujos elementos têm nomes de peso.
Damon Albarn (vocalista dos Blur e Gorillaz),
Paul Simonon (baixista dos The Clash),
Simon Tong (guitarrista dos The Verve) e
Tony Allen (um baterista que confesso nunca ouvir falar, mas parece que é assim algo de fantástico). O nome que acaba por impressionar mais é o de Paul Simonon pois já não tocava desde o fim dos anos 80. De resto o seu nome na composição da banda chamou logo a atenção e cedo se percebeu que este era um projecto musical invulgar.
Desde o inicio que a banda deu prioridade à música, deixando alguns aspectos "secundários" (como o nome) para segundo plano. Esta filosofia deu asas a um som que de repente não se associar a qualquer dos elementos. Temos uma voz sempre calma com o típico british accent dos Blur, que com alguns efeitos passam rapidamente para algo que lembra muito a voz do boneco dos Gorillaz acompanhada de ritmos pouco regulares, teclas que dão um toque jazzistico e uma abundância de ruídos que lembra as músicas mais estranhas dos Radiohead.
Olhando para o que escrevi posso dizer que fiquei satisfeito com a descrição que fiz pois era difícil faze-la, mas o melhor mesmo é ouvir. Porque se trata de músicos a fazerem música pelo prazer de a fazer, e a fazerem-na para quem tem o prazer de ouvir boa música. É dos melhores albuns que ouvi em muito tempo e recomendo-o a todos.
Ah, e parece que entretanto a banda adoptou o nome do seu primeiro trabalho discográfico e passaram a chamar-se mesmo "The Good, The Bad And The Queen" já que todos os tratavam desse modo.