The Bends – Radiohead
Depois de OK Computer, o álbum da banda de Thom York que mais me chama a atenção. Não tenho qualquer razão especial para ouvir e gostar tanto de cada música ao ritmo da passada musical que marca quem ouve, mas talvez seja o contraste entre as guitarras ao alto e músicas num registo quase acústico e leve. Talvez seja o cantar de músicas com significado daquela que é talvez a banda mais marcante dos anos 90, e talvez de sempre, mas aqui a questão já fica para quem ouve e gosta, e para o universo musical num futuro próximo.Voltando ao fabuloso disco que me proponho de alguma maneira a analisar, começa desde logo com uma música que inicialmente se estranha mas que depois se entranha, Planet Telex. Comigo aconteceu exactamente isso, mas depois de a ouvir várias vezes já a consigo considerar uma excelente música de abertura em que York começa a incendiar a mente “you can crush it but it’s always here”. A viagem leva-me para The Bends que me cria uma especial empatia e que contém versos potentes no meu da fabulosa guitarra de York, Ed O´Brien e Jonny Greenwood. “I wish I could be happy
I wish, I wish, I wish that something would happen”. Próxima paragem, High and Dry, uma das minhas preferidas em todo o cd, quer pelo som mais acústico quer pela letra em si, que deixa mensagens bem interessantes a quem ouve e sente o que ouve: “You'd kill yourself for recognition; kill yourself to never ever stop”. Continuando num som acústico segue-se Fake Plastic Trees, uma música que não difere muito da anterior, mas que conta uma história bem real nos dias em que vivemos, a vida de plástico e a vida irreal, em que nada, nem sentimentos são farsas, tal como “Her Green plastic watering can; For her fake chinese rubber plant; In fake plastic earth”. Depois de várias faixas que continuam o bom registo do álbum, como Bones e Just, chega Black Star, talvez a minha música preferida deste cd mas que só me chega em 10º lugar, mas que ainda me deixa pasmado com aquele inicio, até ao fim, com uma sonoridade sempre excelente, que se entranha completamente e que faz ouvir com atenção o conto de Thom York com prazer sem que tenha a tentação de passar para a música seguinte para continuar a redescobrir o cd, mas que me prende numa espécie de nostalgia que devia durar para sempre. Com isto só faltam duas músicas, mas volto a encontrar em Street Spirit (Fade Out) um som que se deve ouvir, pelo menos para fechar em beleza o tempo que passei a redescobrir este belo registo.
The Bends –Radiohead - 1995
0 Comments:
Post a Comment
<< Home