Monday, September 12, 2005

U2 - When love comes to Lisbon

Antes de mais quero esclarecer que estes posts ao contrario dos outros não vão sofrer tanto com as minhas tentativas de isenção pois sou fã incondicional dos U2, e escrever sobre este concerto sem mostrar um pingo de emoção não é (pelo menos para mim) possível. Também é possível que escreva de modo que as vezes só quem e mesmo fã dos U2 perceba. Mas justifico isso com a importância que este evento teve especialmente para os fãs, por isso quero falar para eles em particular e para os interessados em boa musica no geral, obrigado

Oito anos, foi o tempo que os fãs da banda irlandesa tiveram de esperar para ver os quatro músicos (condecorados pelo presidente da republica com a ordem do infante) encher o estádio Alvalade XXI para uma noite que seria inesquecível. Os U2 já tinham vindo tocar a Portugal duas vezes. Uma nos primórdios da banda (1982, penso eu), outra em 1997 na “zoo tv tour”. Grande foi a discussão em torno dos bilhetes para este concerto, sendo o mais rapidamente esgotado de sempre em Portugal. (Para que conste, eu fui um dos 52 000 previligiados.)
No dia 14 de Agosto de 2005, foi quebrado o jejum. Oportunidade para os mais velhos reverem, e para os fãs mais jovens verem finalmente a melhor banda do mundo tocar ao vivo. A minha frente encontrava-se um homem com uma t-shirt com o bilhete do concerto estampado e uma frase por cima que dizia "Eu consegui!!!". Ninguém parecia acreditar a sorte que tinha em estar ali, a poucas horas do ultimo concerto da tour europeia dos U2 na apresentação do album "how to desmantle an athomic bomb". Eram vários os casais com t-shirts com um "U" e o respectivo par com um "2". Via-se uma bandeira irlandesa pendurada no segundo balcão com a frase "U2- when love comes to town" (quem é fã dos U2 certamente esta familiarizado com a frase) e via-se uma outra desfraldada ao vento mesmo no centro da plateia. As expectativas eram grandes, e com os U2 podemos dar-nos a esse luxo.
Não me vou estender na descrição do ambiente pois os U2 tem a capacidade de criar um ambiente único, absolutamente incomparável e inevitavelmente ligado a banda. Por isso, para aqueles que ficaram doentes (como eu ficaria) por não ter arranjado bilhete, tiveram todas as razões para isso.
Passando às actuações. Os britânicos "Kaiser chiefs" tiveram a honra de abrir os U2 depois da inesperada inflamação na garganta do vocalista dos "Keane" que pediram desculpa por não poderem comparecer. Estes jovens "Kaiser chiefs" tinham definitivamente um bom som, embora só realmente apreciado por quem os conheça pois tinham influências claras dos "Blur", pediam uma melhor digestão das suas musicas. Estes jovens tocaram uma hora e quinze minutos. No intervalo ouviu-se uma verdadeira chuva de boa musica escolhida pelos próprios U2 como li num jornal (Público salvo erro). Radiohead, Beck, David Bowie foram apenas algumas das bandas que se ouviram nesta pausa de 30 minutos.

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