Kaiser Chiefs - Yours Truly, Angry Mob
Depois de Employment os Kaiser Chiefs são aquela tal banda que atira um som bem esgalhado com um rock alegre e bem simples. Bem dançante. E este 2º cd não foge muito a isso.
Embora menos intenso que o seu antecessor, Yours Truly, Angry Mob é um cd que cumpre muito bem a sua função de dar uma continuação ao trabalho da banda. É uma afirmação e também um pouco de versatilidade que a banda de Leeds nos trás no seu segundo registo, saindo do som únicamente fácil para um som também mais calmo, como prova Love is not a Competition, mas sem descurar aquele som agradável, onde Ruby é a prova disso mesmo. No meio disto tudo ainda se conseguem retirar canções que vão ficar no meu iPod durante muito tempo, como Thank you very much, Everything is Average Nowadays e Reteriment.
A única coisa que se pode apontar a este cd é a dificuldade aparente que a banda teve para se descolar ao rótulo em que se colocou, e bem, com Employment, e ao tentar variar um pouco o seu som, perdeu um pouco a identidade de mercado, e ter Ruby a abrir o alinhamento não ajuda nada, porque é como lançar os foguetes depois da festa.
Mas de qualquer das maneiras, é uma coisa bem agradável para se ouvir nos próximos dias, e será que com nova tour de promoção, e Paredes de Coura ainda sem nomes, iremos assistir ao regresso dos Kaiser?
Arcade Fire - Neon Bible
O cartão de visita dos Arcade Fire é serem, talvez, a melhor banda do novo milénio. E isso quer se queira quer não é um cartão de visita bom e ingrato. Bom porque demonstra a valia da banda, mau porque esta é uma questão de opiniões, mas esta opinião é bem fundada.
Depois de um cd de lançamento que é Grande, a banda segue a sua carreira dando um passo firme na direcção que vai tomar, lançando no mercado um conjunto de músicas sólido, característica dela, que não foge assim tanto a Funeral e que é gravado numa igreja. Este é Neon Bible.
Confesso que nas primeiras vezes que deitei o ouvido sobre a bíblia, não gostei muito. Parecia uma banda diferente daquela que me maravilhou com Funeral, e só Intervention fazia a ponte entre os dois cd's. Mas, o tempo provou o contrário. Este cd está tão bem recheado de canções como estava Funeral, é apenas preciso habituar à ideia e deixar-se levar por Black Mirror, No Cars Go, (Antichrist Television Blues), Keep the car Running e tantas outras que fazem deste cd, um cd magnífico.
Nem preciso dizer mais nada, basta ouvir.
Klaxons - Myths Of The Near Future
Quero pedir imensa desculpa por não escrever aqui nada há muito tempo, mas tive vários problemas de cariz informático que me complicaram a vida toda, e também aqui no blog. Passemos então ao que interessa, a música.
Os Klaxons são uns rapazes que apareceram recentemente com o seu trabalho discográfico intitulado "Myths Of The Near Future" e que logo causaram sensação. Dentro da considerada música alternativa temos uma onda retro de rock muito cru em que nos são apresentadas "bandas cópia" umas das outras. Os Klaxons não são mais uma destas bandas, mas no entanto encaixam-se perfeitamente no panorama musical de actualidade.
Já li que "Myths Of The Near Future" é Pop. Ok, mas muita coisa é Pop assim a seco pode ser tudo dentro desta área. Eu esclareço, sim é Pop. Um Pop barulhento, com som bastante agressivo. Quem só ouviu os singles "Golden Skans" e "Gravity's Rainbow" pode pensar que estou a exagerar, mas garanto que esses são os dois temas menos agressivos do album, material optimo para os singles perfeitos que são mas não ilustram exactamente o que é o som dos Klaxons.
Em suma, Klaxons com o seu album "Myths Of The Near Future" é algo de refrescante por ser Pop, mas não descola completamente do resto das bandas actuais devido à agressividade do seu som. Podem ouvir Klaxons que é bem giro.
Concertos = falência
Ora bem, isto vendo bem as coisas temos os The Who a 16 de Maio, os Bloc Party no mesmo mês. Chega o verão e chegam os festivais. Chega o festival Alive (do qual não se soube mais nada, pelo menos eu) e chegam os Pearl Jam e Smashing Pumpkins. Vem o Super Bock Super Rock e vamos ter um festival bem recheado, com as presenças de Arcade Fire, Klaxons, Magic Numbers, Metallica, Scissor Sisters, LCD Soundsystem, Interpol, entre muitos outros, sem esquecer claro, a segunda passagem dos Bloc Party pelo nosso quadradinho.
Hoje ainda surge o rumor da vinda dos White Stripes e de Sonis Youth ao festival da cerveja, mas parece que é notícia que não se confirm.
Surge também o boato de um possível concerto dos Rolling Stones em Alvalade...
No fim de tudo só me pergunto o não vou verm e a escolha é tao difícil...
PS.: Parece que se vai (finalmente) realizar um festival de Hip Hop "50 Cent e amigos", mas no fundo, quem liga a isso?
TV on the Radio – Return to the Cookie Mountain
Tenho este cd como um dos principais acontecimentos musicais de 2006, no que toca a edições que tenha ouvido, mas só agora tive a vontade de mostrar o meu ponto de vista quanto a ele.
Esta banda de Brooklyn é tudo aquilo a que se pode chamar Rock alternativo/progressivo. Os instrumentos indistintos, as inovações no que toca ao som, experiências com back voices, novos sons sintetizados e com um trabalho de produção muito cuidado.
Observando mais ao pormenor nota-se que todos estes elementos combinam todos muito bem, fazendo um conjunto agradável e que musicalmente resulta muito bem. Pode-se dizer que está tudo no sítio neste Regresso à Montanha Bolacha. Basta ouvir.
Como destaques neste cd, em termos de músicas a ouvir claro, destaco Playhouses - música que aliás me viciou – ainda Wolf Like Me, Snakes and Martyrs, I Was Lover e Province.
Cada uma destas músicas em separado dá o exemplo perfeito do que é este álbum. Em Playhouses temos as vozes, uma música até cantante e uma parte instrumental simples mas funcional, bem funcional. Em I Was a Lover temos a entrada abismal que capta a atenção do ouvinte, atenção essa que se aguenta durante 4:21 minutos que dura a música. Province com um ar um pouco mais intimista, mais simples, talvez mais tradicional. Snakes and Martyrs atira a faixa mais cantante de todo o conjunto.
É um excelente registo, e por isso mesmo recomendo a sua audição.
The Good the Bad and the Queen – The Good the Bad and the Queen
Damon Albarn é talvez o bicho-carpinteiro da indústria musical inglesa. Foi a voz dos Blur, Gorillaz, e agora apresenta-se como líder desta nova banda.
Os The Good the Bad and the Queen são uma daquelas bandas compostas por estrelas, um super grupo vá, em que se conta várias caras conhecidas, mas para exemplo basta falar de Paul Simonon, ex-baixista dos The Clash.
Seria de esperar, conhecendo o passado destes dois senhores, que esta banda fosse muito virada para um rock mais natural, mais tradicional, cheio de guitarras e de bom baixo. Mas é exactamente o contrário que acontece.
Desde a saída do single de apresentação que se notou que o peso dos nomes envolvidos não iria trazer à memória os tempos áureos dos Blur nem a energia dos Clash, mas era igualmente bom.
Herculean surge como uma surpresa disfarçada de bomba. Albarn ao piano, Simonon contido e com um conjunto que soava a surpresa. Era agradável. Damon continua lá, a voz é a mesma, mas a música sendo outra ainda lhe assenta que nem uma luva.
Sai o cd. Começo a ouvir as 12 faixas.
Há um número de boas canções. History Song, Behind the Sun, mas principalmente Kingdom of Doom. É daquelas músicas simples que nos dizem tudo.
Não me vou adiantar com mais comentários. Só mesmo ouvindo se percebe o que quero dizer.
É bom.
3000 vezes Audio Record
3000 vezes foi este site carregado desde o dia em que nasceu. Já passaram pouco mais de dois anos e qualquer meta que tivessemos estipulado foi ultrapassada. Continuaremos a falar de muita e boa música no Audio Record. Obrigado aos leitores que em número crescente nos vão dando mais razões para aqui escrever.